quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Idiotas da subjetividade.

Vou ser direto, eu não gosto de poesia, em sua maioria, porém, é evidente que respeito quem sabe fazê-las e sua importância na história da arte, e sou amigo de alguns poetas, destaque para Carlos Eduardo Mélo.

Então o porquê desse título, parodiando, de certo modo, Nelson Rodrigues. Enfim, porque esse título se remete a tudo (para mim) de mais desprezível na arte, se é que pode ser chamado de arte, que são os idiotas (o termo é forte, mas é por aí mesmo) da subjetividade, aqueles escritores, poetas em sua maioria, que escrevem algo que vai do nada para lugar nenhum, normalmente neo paranasianos, ultra-românticos ou simbolistas. Buscam apenas, juntar "palavras bonitas", conteúdo? não sabem o que é, o que interessa, é rimar, amor com dor, ou utilizar palavras fortes e se sentirem o novo Augusto dos Anjos.

O importante para mim quando se escreve, é a mensagem, e a verdade que a mesma trás, e não como ela é feita, não é importante preocupar-se com o belo ou em seguir um estilo único, até porque se você apenas segue, deixa de ser único e perde meu respeito, se torna apenas um "papagaio de poeta."

Particularmente prefiro os condoreiros ou modernistas que usavam as palavras como forma de protesto, porém o amor, tristeza, medo, humor, etc. Podem sim, e com muita qualidade, serem utilizados, desde que, a mensagem traga verdade, seja o real sentimento. E não como fazem os bibelôs da poesia (ou idiotas da subjetividade) que não sabem, ou sabem e ignoram, o quanto é feio a sua oca "beleza" ou pior, escrevem sobre um mundo ou um sentimento que só sabem lendo (se é que eles lêem) Álvares de Azevedo ou Casimiro de Abreu (grandes exemplos de idiotas), claro, sem buscar conhecer como é o mundo lá fora, sem tirar a bunda da frente do computador e entre uma punheta e outra.


"É tão fácil ser poeta, e tão difícil ser um homem." Charles Bukowski


3 comentários:

  1. Bem, vim aqui espontaneamente comentar.

    Pois não pude deixar de me "mecher" com esse texto! rs

    Credito a você na minha opnião, certa parte da verdade, tem muita gente que escreve mal ...que experimenta o amor só através de textos, mas...acho que não cabe a ninguém julgar essas pessoas e chamá-las de idiotas, bem pode ser que o seu texto acorde alguém !!! rs

    AS vezes um poema, ou um outro texto de tipo qualquer, pode servir de ensaio, tem pessoas que precisam "simular" algo na sua cabeça primeiro! É uma necessidade de algumas, cabe ver se é o caso, há outros mais tolos que não partem para a prática....

    Há tb os que rimam amor com dor por nada, bem, somente a eles eles causam dor! Pois assim não tem o amor de ninguém! kkkk

    ;D gostei da frase do Bukowski, mesmo paracendo que ela saiu de contextualização original.

    =D escreve muito bem! abs

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  2. Eu adoro poesia mas as simples. Millor Fernandes, Alice Ruiz, Luis Sapir são poetas que usam uma linguagem bem mais simples. O importante é se fazer entender ao mínimo.

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  3. Byers obrigado pelo comentário, e não e minha intenção julgar, passo apenas minha opinião. Sobre o termo idiota, você tem razão, acho que ouve um ruído nessa comunicação, eu não chamo eles (até porque eu não conheço a maioria) como pessoas, um ser social de idiotas, não! E sim, sua "arte" ou atitude ao fazê-la, isso (para mim) é idiota. É como quando a gente, acho que já aconteceu com você, fazemos alguma idiotisse na vida, naquele momento somos idotas, não no compto geral, mas me expressei mal.

    É verdade que pode ser uma "simulação", mas, essa "simulação", não precisa ser publicada, até está completa, até passar uma mensagem real. Como fazia, por exemplo: João Cabral de Melo Neto.

    E a frase de Bukowski, é bem verdadeira para mim.

    obrigado pelo ótimo comentário.



    Canto do Lufa, Millor Fernandes é excelente, não entendo como alguém tão bom possa estar na veja, mas enfim.

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