sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

E um pneu É um pneu. Capítulo 01.


Faço hoje uma introdução de uma série de artigos que irei colocar nesse blog com o passar dos dias, após mais pesquisas e estudos a respeito do assunto, porém por enquanto acredito que posso passar um pouco da minha dialética (em todos os sentidos do termo). Minha intenção, ao aprensentar essa tese não é a de "filosofar", no sentido pejorativo da palavra, muito pelo contrário, venho combater esse hábito, também não é o de ser mais real que o rei (prefiro continuar na minha cadeira limpinha)*, e obviamente também não tenho a pretenção utópica de revolucionar algum setor da sociadade, ou ela em si, não, se caso alguém que venha a ler esse artigo, compreendê-lo, assimilar ou discordar dele, já dou-me por satisfeito.

Como eu havia dito no início, venho combater o termo "filosofar" e setores dessa arte, que como se sabe, já começou de forma errada (no ocidente), através da pessoa errada (Tales de Mileto) e principalmente movida pelo questionamento errado, no qual irei me ater nessa introdução, já a pessoa e a forma, discurssarei em artigos futuros. Questionamento errado esse, que move a Filosofia em sua maioria, que é o porquê.

Não posso de forma alguma, desprezar em sua totalidade esse tipo de questionamento (o Porquê), que foi, em determinadas épocas, principalmente meados da antiguidade, a destacar a Época Clássica e também no fim da Idade Média, de fundamental importância para a humanidade. Porém, esse questionamento, vem levando a humanidade, em geral, a se apegar a coisas fúteis de importância dúbia, e a criar falsos valores, mitos, gênios, a fugir da racionalidade e criar respostas baseadas em maniqueísmos simples e de forma mais perigosa, dogmas. E posso, sem medo de ser pretensioso, citar alguns nomes que fizeram sua "imortalidade", por esse tipo de filosofia, como: Tales de Mileto, Socrates, Platão, Giordano Bruno, Copernico, Darwin, Comte, etc. E até certo ponto, Da Vinci, Aristóteles e Descartes. Além de escritores (poetas em sua maioria) que tratam a sua triste e melancólica ficção, como algo real e importante, e que não merecem ser citados, e sim despresados. De todos esses, irei como já disse antes, dissertar a seu respeito mais futuramente.

Hoje como é uma simples introdução, irei apenas passar um exemplo, para demostrar em que se apoia a minha tese.

Muitos de vocês já devem ter tido aula de filosofia, antropologia ou algo parecido, ou mesmo sem isso já terem passado por esse tipo de momento. Porém, é mais comum nesses tipos de aula um seguinte questionamento: um "professor" aponta para uma cadeira e pergunta, "o que é isso ?" você, e a maioria em geral, seres sábios e racionais, responderam que é uma cadeira (o que é fato), ai o "professor" lhe faz o seguinte questionamento, "por que, isso é uma cadeira, quem disse que isso é uma cadeira, por que não é chamado de pneu, lápis, faca, etc". Caso não haja resposta (o que é comum) devido a sua insegurança e ignorância do "professor" ele começará a discorrer, sobre a filosofia, e sua torpe origem.

Porém, questionado sobre o exemplo acima, você responde de forma simples e racional, que diferença isso faz, o que pode trazer de bom ou mau para humanidade, se caso você (ou outra pessoa) quiser chamar a cadeira de cachorro, o que isso irá alterar no passar da sua vida e de outros a sua volta? Se caso alguém chame de pão, você ou outra pessoa, dentro de sua racionalidade, não irá se alimentar dela por esse motivo, então não muda nada "o porquê", de uma cadeira se chamar cadeira.

Claro que esse é um exemplo bastante simples e insuficiente para contradizer o que eu combato e demonstrar de forma total a minha tese. Porém a passagem (em partes), de uma forma mais compreensível, e será usado de forma mais abrangente em textos futuros. Em princípio para resumir, deixo explicíto que a pergunta inicial não deve ser por que, e sim, que diferença isso faz.

"A pessoa que busca incessantemente o sentido da vida, vive uma vida sem sentido".


*caso não entendeu, o sentido da frase diga que eu explico.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

É...O Coringa sempre esteve certo...


Não, não vou comentar sobre cinema ou a qualidade do filme Batman o cavaleiro das trevas. Se bem que para a atuação de Hedger Ledger eu abrirei um parênteses:

Antes de assistir o filme, li e ouvi várias criticas a seu respeito e todas positivas, essas em sua maioria a Hedger Ledger e sua atuação como coringa, principalmente após sua morte. Devido a isso comecei a desconfiar, porque normalmente é assim (principalmente no Brasil) a pessoa morre e vira gênio, santo, mito etc...vide: Roberto Marinho, ACM e Mario Covas (entre outros). Então acreditava que a respeito de Ledger, era a mesma lenga lenga devido a sua morte, Toda aquela comoção...era jovem, etc, etc.  Me enganei! Vendo o filme, tenho que dar o braço a torcer, sua atuação foi excelente, uma das melhores que eu já vi. Digna de Al Pacino, Morgan Freeman, Jack Nicolshon e Antonio Fagundes (a do "vizinho" não é melhor, pode ter certeza).
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Mas a intenção desse post como eu havia comentado antes não é a de fazer uma análise direta a respeito do filme e sim Social (é, to metido a Sociólogo agora, se o FHC pode, porque eu não). E a análise é simples, o Coringa sempre esteve certo em tudo.

A primeira análise pode ser feita sobre o "produto" mais bem sucedido do Coringa no caso, Harvey Dent que viria a se tornar o Duas Caras, que, é óbvio, foi o verdadeiro heroi (se é que existem heróis) e de modo algum suas atitudes como Duas Caras mudam sua verdadeira personalidade e caráter, muito pelo contrário, apenas as elevam. Até porque, quem realmente, como humano e "imperfeito" após sofrer tudo o que ele sofreu, passar por tudo que ele passou, teria um comportamento diferente? Alguns "fracos" talvez se matassem, entrariam em depressão ou algo do tipo.
O único erro do filme é passar o Duas Caras como a personalidade mal de Harvey Dent. Não! ele é... Nada mais nada menos que a personalidade humana (sem utopia) de Dent, a que precisava naquele momento de algum sentido para seguir a vida, após perder praticamente tudo e utilizou a vingança como esse sentido. E acreditem não faço apologia a violência, agora a vingança é uma forma, até certo ponto legítima, de sentido um para a vida. Pode-se discutir se é bom ou mal (particularmente acredito que seja mal), porém que é inerente ao ser humano, isso não se discute.
duas caras. Sua face e tão perturbadora, quanto sua verdade, seus atos, a realidade e a legitimidade dos mesmos.

O segundo ponto em que o coringa esteve certo é o referente aos barcos (no caso a cena), é claro no filme as coisas são diferentes, porém, eu não estou analisando o filme, e sim a realidade dos atos (especialmente do Coringa), e é óbvio, claro e evidente, que na vida real, ninguém, no caso nenhum grupo, esperaria mais de 30 minutos para salvar a sua vida, as pessoas de "bem" em dois minutos já explodiriam o barco dos presos e os presos prontamente a ameaça se rebelariam para tentar conseguir o controle e explodir o outro barco, é claro  existiriam pessoas que seriam contra, que esperariam, mas a maioria, procurariam salvar sua vida de qualquer forma, sem medir seus atos, então é fato que o ele acerta, não no filme (onde a atitude é contrária a suas pretensões e contrária a realidade), mas na realidade a "maldade" é próprio de todo ser humano, principalmente quando põem sua vida em risco, pode ser encarado até como um instinto de salvação ou sobrevivência.

A terceira prova, que o Coringa estava e sempre esteve certo e para mim as cenas mais importantes do filme, é quando ele ameaça a vida de um possível delator do Batman (no caso uma pessoa que iria revelar a identidade do "cavaleiro da trevas") e ai ele propõe o seguinte: "ou alguém mata o delator ou ele explode um hospital da cidade", claro que a maioria das pessoas tentam matar o delator, porém a polícia e o Batman (o "herói") evitam isso e o que acontece? Um hospital é explodido! E no filme eles comentam que 8 pessoas desaparecem dentro do hospital (pessoas que não tinham nada haver com o fato) e ai fica a questão, quem está realmente está certo? O que seria "certo" fazer? Arriscar vidas de inocentes ou a vida de um delator do "herói" que não deveria fazer o que pretendia. Eu acho que a resposta É simples e de forma alguma pode ser vista como "maldade" e sim como o simples (real e legítimo) instinto de sobrevivência (mais uma vez) do ser humano e a defesa da maioria sobre a minoria.

No entanto o caso que mais me chamou a atenção foi quando o coringa ameaça a vida do prefeito de Gothan City. Pronto é criada uma comoção "nacional", um temor generalizado, mas, vale lembrar que ele ameaçou uma pessoa (apenas uma) e é como se tivesse ameaçado destruir a cidade e pessoas que não tem nada haver pagam e sofrem por isso, então ai o "antagonista da história" deixa a questão definitiva e que fez com que eu fizesse esse post, "se fosse um caminhoneiro qualquer que ele tivesse ameaçado, haveria essa comoção e o Batman faria de tudo para salvá-lo??". Acho que não, então onde fica o sentido de justiça? (coloquem o morcego, como a representação da justiça em geral). Isso me lembra o que falava Aristóteles, "todos tem direitos iguais, agora, uns são mais iguais do que os outros." Quem realmente seriam os heróis (repito, se é que existe isso) desse filme?


É como eu digo: "ninguém, se preocupa com o Fausto".


obs: se caso você não assistiu o filme, fica a dica, e vale muito a pena...Assista !!!
e depois me questione e diga que eu estou errado... " um pouco de conflito em você eu gosto disso"...