quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Medo, eu?


Que fobia vem do grego: φόβος e significa medo, muita gente sabe. Que existem várias fobias, das populares, Claustrofobia: medo de lugares fechados, Necrofobia: medo da morte, aracnofobia: medo de aranhas e acrofobia: medo de altura (que eu possuo) as desconhecidas Ambulofobia: medo de andar, Cainofobia: medo de novidades e Ripofobia: medo de defecar ou as "engraçadas" Parasquavedequatriafobia: medo de sexta-feira 13 e Anatidaefobia: medo de ser observado por patos. Também é sabido. Isso sem contar a obscura Biofobia: medo da vida, que pode levar a um futuro processo de psicopatia.

Mas de todas, a que mais me chama a atenção, não que a parasquavedequatriafobia não seja interessante, é a Afobia, que como o nome sugere é uma fobia na qual a pessoa que possui, tem medo de não ter medo em situação quando deveria tê-lo, isto é, o medo da falta de fobias. Eu não vou me aprofundar no assunto de até onde o medo é importante, mas cabe uma reflexão.

Primeiro se realmente a afobia existe, já que se você tem medo de não ter medo, você já tem medo. E depois de como eu disse anteriormente, até onde o medo fundamental para nossa vida, até onde ele deixa de ser um objeto de covardia e se torna um meio de racionalidade.

Para mim não existe nenhum "demolidor, o homem sem medo" na terra, a não ser as pessoas que não possuem racionalidade, se você não mede as consequência ou não sabe o que está fazendo, não tem medo. E indo a questão anterior, eu creio que realmente a fobia, por mais bobo que seja, é um sinônimo de racionalidade, e que a afobia, mesmo talvez não existindo é extremamente útil. Se existir alguém racional sem medo, seria preocupante, já que essa pessoa não teria medo de errar, das consequências, o que em determinados graus poderia levar a uma obscura biofobia.

Enfim, medo é igual a...deixa para lá, todo mundo tem, e é necessário. É claro que de forma exarcebada o medo se torna algo ruim e prejucial, assim como qualquer coisa feita em demasia, até sexo ou canja de galinha.

E eu, além de altura, agora tenho medo de estar escrevendo uma puta besteira. Até 2010!


"Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo." Mark Twain

domingo, 13 de dezembro de 2009

Uma entrevista com deus [1].

entre os 10 mandamentos, que, creio eu, seria a lei maior de Deus, temos, só para citar alguns: Não matarás, não cometerás adultério, não cobiçarás algo que pertença ao próximo, exemplo, a mulher. Então daí posso tirar algumas questões, primeiro, se todas essas leis estão dentro dos 10 mandamentos, consequentemente elas tem o mesmo grau de importância, e por isso poderemos deduzir que, ser invejoso, no caso cobiçar algo de alguém, e matar, tem o mesmo peso, e os dois feitos sem arrependimento levariam ao inferno, Então, igualar algo tão diferente seria justo?

Outra pergunta que poderia ser feita, temos nos mandamentos: Não roubarás, não cometerás adultério, não cobiçarás e honra pai e mãe, porém, se eu cometo adultério ou roubo, é porque eu cobiço algo do irmão, e assim, não estaria honrando pai e mãe, então essas leis não se tornam redundantes e de certo modo desnecessárias, e não poderiam ser resumidas?

E por fim, de todos os mandamentos, o que me deixa mais intrigado:

“Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem seu jumento, nem nada do que lhe pertence.” (EX.20,17).

Então daí eu posso questionar, esse mandamento, coloca a mulher claramente como um mero objeto, é essa a real intenção? Outro ponto, o texto cita, “nem seu escravo”, então isso mostraria que a escravidão existi, ou existiu com o consentimento de Deus, portanto Moisés, logo Moisés ser o responsável por divulgar esses mandamentos não seria algo incoerente, e até paradoxo, já que ele era um escravo, e fugiu da escravidão para terra prometida, que foi prometida mais nunca alcançada por ele, e mesmo sofrendo como escravo, ele propaga leis que permitem a escravidão, não existe algum erro aí?


trecho do livro (inacabado), uma entrevista com deus, de minha autoria.


"É impossível escravizar mental ou socialmente um povo que lê a Bíblia. Os princípios são os fundamentos da liberdade humana." (?) Dorace Greeley.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Rosebud!

Um dos principais enigmas do cinema é o que significa a palavra "rosebud" no filme Cidadão Kane. De todas as teorias a mais aceita é a de que "rosebud" representa o trenó da infância de Charles Foster Kane. Pois bem, podem todos os críticos de cinema, Orson Welles, William Randolph Hearst (que digamos, era o Cidadão Kane na vida real) ou até et's invadirem a terra para tentarem me provar que realmente o trenó é "rosebud" que mesmo assim eu não irei acreditar.

Então vamos a minha simples visão sobre o filme. Para mim, "rosebud" é o que a bola de vidro que cai da mão de Charles Kane antes de sua morte e representa, no caso, sua infância (assim como possivelmente o trenó). Porém eu não acredito que seja o trenó, por não haver uma representação real dos sentimentos de Kane, e sim, algo imagético, a bola de vidro remete a ele apenas a lembrança de seu passado com seus pais na pensão da Sra. Kane, então a importância não está no objeto em si, e sim no sentimento que o mesmo traz a ele, até porque dentro da bola de vidro existe um local semelhante ao da sua feliz (talvez esteja aí o único momento de real felicidade de Kane) infância que é a de um local coberto de neve com uma simples casinha ao centro. Além disso, não era comum a Kane demonstrar seus sentimentos em público, e por isso, praticamente ninguém dentro do filme, sabia o real significado da palavra. O trenó é a indicação do local, ele pertencia a um local, no caso, "rosebud", mesmo local ao qual pertencia Kane. Local esse que o Cidadão Kane nunca queria ter saído ou queria ir após a morte (aí já é outro enigma).

"se eu não fosse tão rico...poderia ter sido um grande homem". Cidadão Kane.


ps: se você quiser ler mais sobre o assunto abaixo vai o link de um bom texto que fala a respeito.
porém antes de tudo, assista o filme (se caso nao assistiu é claro). Excelente filme por sinal.

http://www.lainsignia.org/2005/febrero/cul_014.htm


Por falar em cinema e excelente filme, fica a minha menção honrosa a, V de Vingança, ótimo filme que assisti recentemente e pretendo ver de novo o mais rápido possível. Excelente!