quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O Fenômeno Andrade.

No mundo do futebol se existe um emprego cheio de altos e baixo é o de treinador. Normalmente eles não ficam um ano em um clube, em contrapartida não passam 6 meses desempregados.

Sabendo disso, vou contar a história de um treinador que pegou um time desarrumado em 13° lugar e conseguiu levar essa equipe (sob enorme pressão) para um título que o time não conseguia a 17 anos. Mas, esse técnico após um vice campeonato foi demitido no início do ano, mas você deve pensar, "pô o cara tá valorizado, logo encontrará um novo emprego rápido".

Então eu deixo a questão, Por que Andrade (foto do layout) continua desempregado? Por que?

Por que ele não é nem lembrado como opção??? Por quê?

será... deixa pra lá..


"Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito". Albert Einstein (não da para "deixar para lá não").

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Islamismo: preconceitos do passado, no presente


O estereótipo da luta do Bem contra o Mal, na oposição entre Ocidente e Oriente, desemboca em uma revivescência do espírito das Cruzadas. As ações tomadas, no século XXI, contra os islâmicos mostram reflexos dos estereótipos criados durante a Idade Média, embora teoricamente estejamos muito longe desse período. Os países do Oriente Médio, em sua maioria muçulmanos, localizam-se numa região estratégica e rica em recursos minerais, como o petróleo. A intervenção ali realizada contra “ditadores” e “grupos radicais” retoma a antiga visão medieval do Bem, relacionado ao cristianismo, e do Mal, associado ao islamismo.

Há um entendimento, no Ocidente, de luta contra o Império do Mal, o que, no mundo globalizado, significa uma releitura do conceito de Cruzada. Historiadores conceituados, como Bernard Lewis, apresentam uma visão etnocentrista de que a função dos países ocidentais seria a de levar as suas instituições, em especial a democracia e os direitos humanos, aos muçulmanos, justificando assim o uso da força para dominar essas populações.

A postura atual é muito semelhante, portanto, àquela adotada a partir de fins do século XI, quando - principalmente por motivos religiosos e econômicos - houve a idéia da retomada da Terra Santa, Jerusalém, e também da Reconquista Cristã na península Ibérica. Os islâmicos passaram a ser vistos como a encarnação do Mal, uma representação do diabo. A luta contra os "infiéis" garantiria ao cristão a possibilidade de salvação e amparava qualquer atitude em nome da Guerra Santa. Em meio à carnificina, as Cruzadas, ao mesmo tempo em que aproximaram os ocidentais da matemática, filosofia e medicina, desenvolvidas pelos árabes, serviram para ampliar as desconfianças entre as duas culturas.

Assim como a era medieval forjou preconceitos arraigados até hoje, ela também apresenta algumas respostas positivas de convivência entre Oriente e Ocidente. Um exemplo é o período de expansão árabe na península Ibérica, al-Andaluz. A revelação espiritual de Maomé estabeleceu dois princípios básicos: o primeiro, a retomada de antigos valores tribais de solidariedade e proteção aos mais fracos (muruwah). O segundo foi o apreço pelas religiões mais antigas, judaísmo e cristianismo, cujos preceitos eram respeitados no Corão. Ao dominar al-Andaluz os muçulmanos não perseguiram os cristãos e judeus, nem lhes impuseram seu credo. Ao contrário da posição adotada pelo espírito das Cruzadas, de ideologia ocidental que persiste até hoje.


“Não criei os gênios e os humanos exceto para Me adorarem.” (Alcorão 51:56)