Nos últimos anos a principal polêmica
que rodeia os centros acadêmicos de jornalismo, era a obrigatoriedade ou não do
diploma para exercer a profissão. Eu, apesar de formando no curso,
particularmente nunca dei muita importância a isso, sinceramente, creio que a
mudança ou não, interfere pouco diretamente na profissão, e como sabemos, o
jornalismo da mais relevância a prática, do que a teoria, certo? (...) Mas,
aceito toda e qualquer tipo de opinião contrária a cerca desse assunto.
No entanto o objetivo da postagem
não é falar sobre a necessidade ou não do diploma, e sim sobre a sua recente
banalização. Explico: Existem muitos (bons) jornalistas que não possuem diploma
para exercer a profissão, um exemplo, Juca Kfouri (que é sociólogo), porém,
existem vários, não tão bons, que possuem o papelzinho. E ai, para “manter a
coerência” muitos, defensores do diploma, da meritocracia ou por pura “ignorância”,
vêem em quem possuí diploma um “exemplo”, ou seja, não necessariamente
interessa o que ele faz, seu conhecimento do assunto, sua capacidade, etc. “Tem
diploma? Vale! É um jornalista formado e com conhecimento de causa”, diriam os
idiotas da objetividade. Pegando o mesmo exemplo acima, seria assim, o Juca não
serve (ele não tem diploma), mas o Oscar Roberto Godoy serve, esse sim, pode
falar qualquer absurdo com “conhecimento de causa”, pois, ele tem diploma de
jornalismo (sério, ele tem mesmo).
Mas, não é apenas no jornalismo,
recentemente o estulto Pastor Silas Malafaia, aquele, que “arrebenta” as
pessoas, esteve numa audiência pública na câmara de deputados, audiência essa,
que tratava sobre o projeto de lei da “cura gay” (se tiverem curiosos, procurem
no google, sobre) como cidadão, é óbvio que ele tem o direito de estar ali. Porém,
o curioso é que ele lá estava, como psicólogo, sim, ele é formado em
psicologia; e isso, segundo o mesmo, lhe dava o direito de opinar e falar sobre
a “cura gay” e “combater” profissionais da área (a grande maioria) que acham
esse tipo de procedimento um absurdo.
O detalhe interessante é que o
Pastor, não tem exerce a profissão, não tem nenhum tipo de publicação ou artigo
na área, enfim, ele “apenas” tem o diploma, que, como sabemos, não é lá algo
muito difícil para conseguir, principalmente quando você tem dinheiro, mas,
mesmo assim, ele se sente “gabaritado” pois é formado. Ou seja, é dado mais
importância ao diploma do que ao conhecimento.
"O diploma não encurta as orelhas de ninguém." Barão de Itararé
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