E hoje (dia 19) a ótima novela, Avenida Brasil chega ao seu
fim. Vai deixar saudades. Não há nada mais divertido que acompanhá-la vendo os
comentários no twitter. Porém, claro, “do outro lado”, já começam as críticas
dos “cults” (ou algo do tipo) que odeiam novela e bla... bla...bla...
Só deixando claro, é evidente que a pessoa não é obrigada a gostar de novela e
nem precisa se justificar por isso, é uma opção, algo justo e que deve ser
respeitado. No entanto é exatamente ai que começa o problema, algumas pessoas
tem a ânsia de se justificar. E aí já viu, é aquela coisa: “novela é coisa de
idiota”, “novela é alienação”, “novela é isso, aquilo”, e por ai vai... O mais
interessante é aquele tipo de gente, onde o diálogo seria mais ou menos assim:
- E aí, você assisti Novela?
- Não! Odeio novela!
- Ahh. Ok, então nem vou comentar contigo sobre Avenida
Brasil.
- Essa novela é um lixo.
Ué? Se a pessoa odeia, logo, entendo eu, não assiste, então,
como ela sabe que a novela Avenida Brasil é um lixo? E aí entra o objetivo do
post. Por que há esse preconceito com as novelas? Esse esteriótipo, essa visão
tão intransigente. Será que é porque novela é algo de “consumo popular”. Avenida
Brasil é uma das melhores produções que já vi nos últimos anos, a trama em si,
o jogo de câmeras, utilizando em algumas cenas, técnicas de acompanhamento
(acho que é esse o termo) usado, por exemplo, no filme a Bruxa de Blair
(excelente!), a forma mais realista das cenas no lixão, e claro, as atuações
primorosas de José de Abreu (como Nilo), Adriana Esteves (como Carminha),
Murilo Benício, pasmem (como Tufão)*, enfim, é uma novela digna de Terra
Nostra, Rei do Gado e Torre de Babel, em minha opinião.
Então o amigo leitor (?) deve pensar. “Ah. Mas, que
noveleiro chato”. Não, não sou. E até acho que a maioria das novelas não
possuem boa qualidade, de cinco, diria que uma é boa. Porém, sei (ou tento)
diferenciar e notar quando algo é bom (e Avenida, é) de algo que não é. E assim
como as novelas não são “boas” em sua maioria, filmes (made in Hollywood)
também não são, seriados (made in Estados Unidos) também não, muitos não conseguem
nem ser originais, creio que você já viu algum seriado de um grupo de pesquisa
(ou policiais) que investigam crimes, né?. E mesmo assim não vejo as mesmas
críticas a essas produções. E não vale o argumento de que lá, são
“superproduções” que gastam milhões. Ué, e desde quando gastar muito que dizer
algo? Sendo assim, clássicos do cinema como: “E o Vento Levou”, “O Iluminado”,
“Casablanca”, etc. Não podem ser considerados bons, porque não são
“superproduções milionárias”.
Enfim, como falei anteriormente, toda pessoa tem o direito
de não gostar de novelas. Mas, é injusto demais criticar algo que não conhece a
fundo. E pior! Criticar o gosto alheio, sobre algo que você não vê (nem quer).
E ai não é questão de gosto, e sim, de respeito, que, como sabemos é o que de
melhor temos em nossa condição de humanos (rá!).
"Aprendi a
não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito,
é uma tentativa de colonização do outro." José Saramago
Sobre novela. (os comentários abaixo serão apenas para quem
acompanha):
Como já havia falado em outros locais:
Na boa, de novo esse efeito
"quem matou Odete Roitman". Já foi assim com Lineu (em celebridade),
Norma (em insensato coração) entre outros... Pô, quanta falta de criatividade.
tipo, porque não invertem a lógica? explico: ao invés de haver o assassinato e
depois revelar matou, revelar anteriormente
quem matou e nortear a história em cima da morte, trabalhando as razões
(positiva ou negativamente) que levaram o personagem (já revelado) a cometer o
crime... seria bem mais interessante, em minha opinião.
*Sobre Murilo Benício, não sou muito fã do ator, dele, destaco
(antes de Avenida Brasil) o filme “O homem do ano”. Mas, nessa novela ele foi
muito bem. Deveria fazer o papel de um ex-jogador de futebol bobão, e fez
maravilhosamente.
*A novela é ótima, mas, lamento demais o “núcleo Cadinho”,
uma pena, era para ser engraçado? Não foi. Ficou pastelão, chato, forçado.
Poderiam utilizar a deixa para tratar sobre o tema de um novo conceito de
família, mas, não foi, só lamento.
*É claro que é muito chato esse exagero e “venda de peixe” que a Globo faz
sobre seu produto, o exagero e o ufanismo já comum, mas, como disse é comum e
não é isso que faz a novela ser ruim, temos que saber separar as coisas.
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