quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Quem é o "rapaz da laboral"?

Esse post não tem o interesse de ser uma lição moral ou algo relativo à auto-ajuda. Onde trabalho (órgão público), um dos sujeitos mais simpáticos, atencioso, cordial e sempre de bom humor é o “rapaz da laboral” (laboral = exercícios físicos). Ele diariamente vai de corredor em corredor do prédio (são 9), convidando as pessoas (pelo nome) para um momento de exercício.

Estou nesta emprega há um mês* e recentemente algo me chamou a atenção, eu não sabia o nome do “rapaz da laboral”. Tipo, ele diariamente fala comigo, pelo nome, e eu não sei sua identidade, o que convenhamos, apesar de não ser o “fim do mundo”, é chato, e até uma certa falta de educação. Então, fui buscar saber o nome do “rapaz da laboral”, primeiro perguntei na sala onde trabalho, onde ficam 7 pessoas (com idades entre 40 e 20 anos) e ninguém sabia o nome dele. Beleza, já achei estranho, mas, mesmo assim fui perguntar a outras pessoas no andar, resultado, de mais ou menos 20 pessoas que perguntei (com idade entre 70 e 20 anos) ninguém sabia o nome do “rapaz da laboral”.

É claro que “minha pesquisa” foi pequena se comparado ao tamanho da empresa, porém, mesmo assim cabe a reflexão, até porque provavelmente nos outros andares deve ser a mesma coisa. Então por que “ninguém” sabia o nome do “rapaz da laboral”, pô, ele é alguém que quer queiram quer não, está diariamente em nossas vidas, alguém que sempre nos trata bem e podemos dizer que vem nos trazer saúde. A grande maioria na empresa sabe o nome do presidente da empresa, mesmo sem ele nunca ter falado com qualquer uma dessas pessoas, ok, até ai tudo bem, mas, a maioria das pessoas também sabem o nome da “fofoqueira” da empresa, do “grosso” ou até mesmo do gago. Ou seja, há uma espécie de inversão de valores e fica o questionamento de quantos “rapazes da laboral” estão no nosso convívio e nós nem percebemos.

Ps. Após muito perguntar o mais próximo que cheguei do seu nome foi: “Eu acho que é Léo”

“E ai gente, vamos fazer exercício?

Eu acho que é Léo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Maria: A maior invasão de privacidade da história

Muitos famosos (ou não) reclamam da invasão de privacidade e até com certa razão, já que em alguns casos os paparazzi (ou lixo em forma de jornalismo) exageram demais. Porém se há um ser na história da humanidade que tem motivos para reclamar de invasão, é Maria (mãe de Jesus).

Ok, introdução estranha a parte vamos aos fatos. Sendo sincero. A maior rivalidade social no Brasil, não é entre clubes, estados, cidades, etc. É entre religiões, mas, precisamente, Católica x Evangélica... E a discussão mais comum é: Maria é ou não virgem. Cada um dos grupos tem lá seus motivos para acreditar se ela é ou não, porém, eles esquecem talvez do ponto mais importante: Que diferença isso faz? Sério historicamente que diferença isso faz? O que muda nas religiões? O que muda na história da humanidade ou crenças. Ai muitos idiotas da objetividade diria: “ah, mas eles propagam a mentira”... Jura? Religiões mentem? Não acredito... Tem certeza?

Enfim, esse tipo briga mostra o quanto fúteis são as nossas religiões predominantes, que ao invés de se preocuparem com problemas sociais (e religiosos) de verdade, se atém a bobagens, a invasão de privacidade tola... E daí se Maria (uma das poucas entidades religiosas que respeito) é ou não é virgem... Ela vai deixar de ser a mãe de Jesus? “Santa”? Figura importante do cristianismo? Se ela não for virgem, os padres vão pedir desculpa e parar de comer criancinhas? Ou se ela for virgem os pastores deixaram de ser pilantras e darão um desconto no dízimo?

Sabe o que parece essa discussão. A perpetuação histórica da “vulgaridade” feminina, da mulher objeto, ser não pensante... da “Geni” religiosa.


"Maria, Maria
É um dom, uma certa magia,
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta". Elis Regina

domingo, 31 de julho de 2011

Covardia no futebol...

Na última segunda o goleiro do time sub-20 do Sport, Gustavo, agrediu covardemente (ver aqui) seu companheiro de profissão, Elivelton, do Vasco. Ao ver o lance pela primeira vez fiquei revoltado... Depois parei, pensei melhor, e, continuo revoltado com o ocorrido.

Ouvi várias opiniões, então, para evitar um texto longo e confuso, farei um resumo sobre cada uma delas:

“Ele deve ser preso”: Não. Ele deve ser autuado por agressão, ou no máximo, tentativa de assassinato, preso, não.

“Ele não deve ser punido, foi uma atitude impensada e ele é garoto”: Não, ele deve ser punido sim, o fato de ser garoto não faz tanta diferença. Claro, ele não deve ser execrado ou “jogado aos porcos”, porém, sua atitude foi covarde e sem qualquer motivo, logo deve ser punido de forma severa. Dentro do âmbito desportivo e social.

“O Sport não deveria demitir o garoto”: Um clube é também, uma empresa. Logo, se na empresa em que trabalha você, no seu horário de trabalho, agride alguém sem motivo algum, merece (ou pode) ser demitido, nada mais justo, está denegrindo a imagem da empresa, além de mostrar que não tem condição psicológica para trabalhar (no momento). E ai vem o fato que o Sport foi perfeito, pagar um acompanhamento psicológico para esse jovem, para que ele mostre, se o ocorrido, foi um lapso, ou se faz parte de sua personalidade.

“Ahh.. mas, se fosse um famoso não seria punido dessa forma”: Provavelmente não, isso faz parte da hipocrisia da sociedade mundial que encobre a safadeza dos mais poderosos, porém, um erro não justifica outro. E repito, esse moleque não teve nenhum motivo para a agressão, então deve ser punido com rigor.

“Ele deve ser banido do futebol”: Não deve. Qualquer cidadão tem direito a uma segunda chance, seja qual for o crime. Isso está em nossa constituição. Então se ele, após o tratamento psicológico se mostrar apto para jogar futebol, pode ser recontratado pelo Sport, ou por qualquer outro time, repito, ele não pode ser execrado.

De tudo o que mais me irritou, além da agressão, obvio, é a falta de motivo. Eu sou uma das pessoas que mais defendem um “futebol violento”, menos “afrescalhado”, então, se ele tivesse sido provocado, ou fosse uma briga generalizada, ele não merecia tal punição, porque, neste caso, “estaria se defendendo”, é a lei do mais forte, enfim... É briga! Então, não sendo covarde, vale tudo (certo Gil?). Mas esse não foi o caso, sua atitude foi covarde e desproporcional.

Agora outro ponto que me preocupa bastante, que é a “beatificação” de jogadores de futebol... (NO PRÓXIMO POST)...

"O covarde só ameaça quando se acha em segurança." Goethe

domingo, 19 de junho de 2011

Formula 1: A história mais emocionante de todas

Lendo esse domingo sobre acidentes da F1... vi a história de David Purley e Roger Williamson, pra mim, de todas a mais emocionante da F1 (a de Francois Cevert degolado e a morte de Tom Pryce são as mais chocante)...

vamos a história (trechos tirados do wikipedia):

Durante a corrida, o pneu do carro de Williamson estourou; seu carro bateu no muro de contenção e foi arrastando-se, quando atravessou a pista e finalmente estacionou no muro de contenção oposto. Durante o arrasto, o tanque riscou o asfalto, efeito similar ao de um palito de fósforo sendo friccionado contra a caixa. O carro parou de cabeça para baixo, impossibilitando a saída de Williamson. Seu compatriota e amigo David Purley, EMBORA NÃO SENDO DA MESMA EQUIPE ABANDONOU SUA PRÓPRIA EQUIPE, ABANDONOU SUA CORRIDA NA TENTATIVA DESESPERADA DE RESGATAR O AMIGO.

Williamson não sofreu maiores escoriações na batida, e ouviram-o gritando por Purley para tirá-lo do carro, virando o mesmo. Inicialmente os comentaristas da TV holandesa, os fiscais de prova e os outros pilotos pensaram que o carro ali destroçado era de Purley, vendo-o tentando virar o carro, concluíram que o piloto estava bem. Resultado: a corrida prosseguiu tranquilamente, enquanto Purley tentava salvar seu amigo.

Desesperado, Purley gesticulava pedindo ajuda aos comissários (que pouco mais podiam fazer do que olhar) e tentou até desvirar o carro sozinho. AO PERCEBER QUE NADA MAIS PODERIA SER FEITO POR WILLAMSOM, PURLEY CAMINHOU DESOLADO, A ESMO, CHEGANDO A FICAR NO MEIO DA PISTA, COM OS DEMAIS PILOTOS PASSANDO EM ALTA VELOCIDADE. Detalhe: a corrida prosseguiu normalmente - o máximo que se fez nessa situação foi sinalizar o local com bandeira amarela

Ao ver um piloto andando perto do carro em chamas, o diretor teria concluído que tudo estava bem e que os danos eram apenas materiais - daí a decisão de não paralisar a corrida. Verdade ou não, o fato é que Williamson morreu asfixiado.

O LINK DO VÍDEO DO ACIDENTE DE WILLAMSON E O DESESPERO E HEROISMO DE DAVID Purley:

http://www.youtube.com/watch?v=3mz3ZzSXyWM&fea

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Torcida no Brasil não serve para nada

Cada vez concordo mais com o experiente jornalista, Flávio Prado. Segundo ele, torcida no Brasil não serve para nada, e pior, só faz atrapalhar. E isso é um fato. Os torcedores no Brasil podem até ser apaixonados, fieis, fanáticos, etc. Porém, “só vão na boa”, e aí é muito fácil, no momento difícil, em que o time precisa de verdade eles só atrapalham. É só juntar uma fase de derrotas ou instável mais um ou dois gols sofridos em casa, durante a partida, para a torcida ficar contra time, claro, após o jogo, os mesmos voltam a ser fies, apaixonados, como vemos atualmente nessas campanhas de internet, #euacredito, que tal acreditar no time enquanto ele está perdendo, em campo, não seria mais útil?

E não venham com essa de: “ah, mas existem torcidas fiéis que estão com o time nas piores situações, em goleadas, rebaixamentos...”, é verdade, porém isso só acontece após o fato, durante a campanha ruim a maioria some, protesta, vai a campo xingar e por aí vai. E é bom separar, uma coisa é ser fiel, o que todo torcedor de verdade é. Não que isso signifique algo importante, a analogia é forte, mas verdadeira, se minha casa é próxima a um esgoto e mantém um ambiente propicio a ratos, eles serão fieis a minha casa e isso é será positivo? Creio que não. Então essa coisa que vai para campo, é bom em alguns sentidos (que eu irei citar), porém como torcedores, é, normalmente, mais gente atrapalhando, mais gente que não entende de futebol e fica xingando o zagueiro improvisado na lateral, para marcar o melhor jogador adversário, porque ele não vai a linha de fundo.

Porém vale ressaltar e diferenciar torcedor de espectador. O espectador, quem paga o ingresso, lota o estádio, faz uma bela festa, compra matérias do clube, é muito importante para qualquer time, e é evidente que uma festa, em sua maioria, é mais agradável com muita gente presente do que vazia. No entanto, esse mesmo espectador, no papel de torcedor, que vai a campo ajudar o time, no Brasil, é inútil, só atrapalha e é bom deixar claro, TODOS OS TORCEDORES NO BRASIL são assim, a do Grêmio em um dado momento se mostrou diferenciada, porém, com após campanhas recentes ruins ficou claro que todo aquele amor foi consequência da épica “batalha dos Aflitos”, algo já superado, e o “fogo” da torcida gremista volta ao mesmo patamar das demais. E para ficar claro, tamanho não é necessariamente apoio, a do Corinthians, Flamengo e outros fazem volume, lotam, mas, quando precisa de verdade, gritam olé contra o time. E nesse nível de torcedores eu não coloco boa parte das organizadas, que se classificam mais como bandidos do que como torcedores, ou “burgueses” da social, que são apenas espectadores passivos. E não se engane quando jogador fala: “A gente só ganhou devido a essa torcida maravilhosa”, acredite, eles falam isso para todas.


"Se torcida fosse importante, à China seria campeã do mundo sempre". Anônimo.