O dadaísmo originou-se durante a primeira guerra mundial na Suiça (que era neutra ao conflito) e segundo seu principal líder Tristan Tzara a palavra Dadá, não significa nada.
" encontrei o nome casualmente ao meter uma espátula num tomo fechado do petit larousse e lendo logo, ao abrir-se o livro, a primeira linha qye me saltou à vista: DADÁ" Explicou Tzara.
Criado num clima de instabilidade, medo e revolta provocado pela guerra, o movimento Dadaísta pretendia ser uma resposta à nítida decadência da civilização representada pelo conflito. Daí vem a irreverência, o deboche, a agressividade e o ilogismo das manifestações dadaístas.
Os dadás entendiam que, com a europa banhada em sangue, o cultivo da arte não passava de hipocrisia e presunção. Por isso, adotaram a postura de ridicularizál-la, agredi-la, destruí-la.
Acima um exemplo de obra dadaísta, de Marcel Duchamp, técnica conhecida como
Ready-Made, que consiste em extrair um objeto do seu uso cotidiano e, sem nenhuma ou com pequenas alterações, atribuir-lhe um valor.
E Desde a década de 50, desenvolveu-se o Neodadaísmo nos E.UA, com artístas Robert Rauschenberg e Jasper Johns, retomando conceitos do dadaísmo como:
Ready-made, junto com novas ideias como a Pop-art e Assemblage, porém salvo excessões não conseguiu chegar ao esperado.
Então após explicado o que é o Dadaísmo e Neodadaísmo, começo minha explicação sobre o porquê devemos buscar um resgate (em partes) do dadaísmo e criar um Dadaísmo do Século XXI.
Não vivemos em um momento de guerra mundial, ou pelo menos declarada, já que atualmente se mata mais do que nos períodos da primeira e segunda guerra, e pior, há um falso sentimento de "traquilidade" apoiado por "artes" ultra-rômanticas em propusão ou um clima de medo criado por obras naturalistas de cunho apelativo que nos faz fugir dos fatos que acontecem ao nosso redor, seja por descaso ou mesmo medo, como massacres no Sudão, Palestina, Iraque, Mianmar, Ruanda, além claro de toda a violência urbana das grandes cidades...etc.
E muitos desses ataques de responsabilidade estadunidense (e das grandes economias), sendo elas quem mais ajudam na divulgação das nossas tedências de "arte", que em nada vem ajudar a humanidade.
Diferente do Dadaísmo, o XXI Dadá não busca destruir a "arte de verdade" que enriquece a cultura mundial de uma forma geral, mas sim, combater os falsos artistas (abraço pra Romero Brito) que a cada dia surgem com poemas que vão do nada para lugar algum, ou obras que retratam a burguês "beleza" sendo feitas para os mesmos que se auto denominam eruditas (que vem do latim Eruditus, e quer dizer instruído) e com tal petulância que se classificam "boas" e desclassificam o popular e simples. E ainda existem os que simulam uma "realidade" nua e crua, porém, para fazer isso, não saem dos seus seguros e aconchegantes estábulos, então como podem falar com propriedade da realidade?
Então o XXI Dadá resgata a simplicidade e desrespeito dadaísta, porém com um significado incluso a obra, no caso, de forma simples e de certo modo incompreensível, trazer a intenção de fazer pensar (o que é essencial) e principalmente de mostrar que "qualquer coisa" pode virar arte e consciência, e que qualquer um, desde que não se autodenomine, pode ser um artista (já que "arte" é algo relativo). E não ficar aclamando pessoas que se utilizam do poder,atualmente muito caracterizado pela "grande mídia" para se autodenominar "gênios" e cultos.
Resumindo... O XXI Dadá prega a liberdade da criação, porém sempre engajada e preocupada com o mundo, feita para pensar e não para se vangloriar, para ser simples e racional e não na intenção de ser a única e sim de acabar com a uniticidade e morbidez do que se apresenta hoje em alguns setores. Ou seja, algo "incompreensível" como a realidade humana, porém simples...como é realmente a realidade, feita com simplicidade e para a simplicidade, mostrar que sabe discernir...O que nós sabemos muito bem..
"o sentido da vida É o verbo" J. C. David...
futuramente colocarei nesse blog, mais exemplos (a frase acima É um) de obras XXI Dadá.