tag:blogger.com,1999:blog-5748511313512828848.post6704408438966914209..comments2023-10-02T09:35:35.829-03:00Comments on O sentido da vida é o verbo: Chaves e a melancolia do nosso dia a diaDavid JChttp://www.blogger.com/profile/14281940840459539355noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-5748511313512828848.post-14528732303653739662014-11-29T00:10:10.550-03:002014-11-29T00:10:10.550-03:00Concordo com tudo.
É evidente que Chaves não é s...Concordo com tudo. <br /><br />É evidente que Chaves não é só essa melancolia. Longe disso. Não é nem o "forte" dele. Porém, como falei, essa frase que li hoje me "despertou" para algo que sempre pensei. E que, pessoalmente, me marca muito na série em geral... <br /><br />Não dava para falar sobre todos os personagens porque é aquilo, né. Texto de internet e tals. A gente tem que resumir. Mas, também lembrei do episódio que eles vão para casa do Seu Barriga. Que, "traduzindo" para nossa realidade. Seria mais ou menos quando, na infância, a gente ia visitar um parente (as vezes mais rico) de outra cidade/estado. <br /><br />Mas, sobre perceber. Realmente, a gente não assiste Chaves (assim como isso acontece com outras coisas) pensando: "Vou chorar e ficar deprê", não. São questões que normalmente estão ocultas em nós. Porém, se a gente parar para pensar sempre terá aquele momento em que olhamos para o teto ou para nada e falamos "poxa, que merda véi"... Enfim.. É um assunto meio longo/complexo. Só aproveitei a deixa e o tema para incluir outros pensamentos ahahahaDavid JChttps://www.blogger.com/profile/14281940840459539355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5748511313512828848.post-14179226496579043102014-11-28T23:55:49.120-03:002014-11-28T23:55:49.120-03:00Bom, você já percebeu que eu viajo muito na parada...Bom, você já percebeu que eu viajo muito na parada, né? Eu sou muito fã, de uma forma muito emocional porque ele fez parte da minha vida e do dia a dia da minha família, desde que eu me conheço por gente. E também porque sempre o considerei um grande artista e vejo nele essa genialidade pois, querendo ou não, ninguém conseguiu fazer o que esse cara fez. E vamos considerar todas as limitações e a coragem dele em dar a cara à tapa, aos 40 anos de idade, correndo o risco de ser um grande fracasso, oriundo de um país onde dificilmente ele emplacaria um programa de TV com tamanha repercussão e alcance. <br />Ele pegou um time de grandes atores e fez acontecer aquilo em que ele acreditava. <br /><br />Quer dizer, alguma coisa o cara fez direito. E a gente vê hoje em dia, o pessoal que ‘tenta’ humor na TV atualmente, faz de tudo – literalmente – e não vinga.<br />Bia Melohttps://www.blogger.com/profile/13349126278032080295noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5748511313512828848.post-51772118637843892942014-11-28T23:55:05.501-03:002014-11-28T23:55:05.501-03:00Gostei muito do texto. Acho que faz muito sentido ...Gostei muito do texto. Acho que faz muito sentido sim, embora eu nunca tenha enxergado dessa forma, quando você associa a questão do “sempre a mesma coisa” às nossas próprias vidas. Chaves fez parte praticamente da minha vida inteira, são ‘referências da infância que nos preparam pra vida’ que já duram 30 anos...<br /><br />Acho que eu nunca vi essa questão específica das mesmices etc - embora eu também me sentisse da mesma forma quando havia mudanças de cenário - acho que todo mundo! - era sempre aquela sensação de coisa nova, coisa diferente. Acapulco é, sem dúvida, o melhor de todos, e têm outros como quando eles vão pra casa do Seu Barriga, ou quando vão ao parque, etc. E até as próprias cenas na escola com o Prof. Girafales. <br /><br />Mas a coisa de ‘vida’, eu acho que eu via de uma forma mais geral. Tipo, o lado bom e o lado ruim das coisas, os altos e baixos da vida. A dor e o riso. Eu me divertia muito assistindo Chaves, mas eu ficava muito triste também por diversas vezes, triste mesmo, de forma profunda, reflexiva. <br /><br />E mesmo sendo muito criança, eu já me ligava nessa coisa de que, por trás da piada, da tiração de onda, ele tava passando mensagens, por vezes até dando um ‘tapa na cara da sociedade’, dizendo ‘olha, é engraçado, mas é sério, viu?’. E acho que essa é a grande sacada, o diferencial, o que dá o toque especial e tão eficiente que prende gerações inteiras. <br /> <br />É quando eu te digo que ele pega um personagem de essência triste pra protagonizar situações que têm o objetivo de divertir, de fazer rir. Só que aí ele vai mais além. Ele encontra o jeito dele de abordar questões como miséria, pobreza, desigualdades, violência etc, nos dá lições de moral, ensina que a gente tem que perdoar os inimigos, viver em harmonia, respeitar o próximo, cuidar do meio ambiente, manter a juventude, valorizar as amizades e, pra mim, a lição ‘foco’ dele que é a de que a gente pode ser feliz com pouco.<br /><br />Sempre teve a ver com essa coisa dele passar essas mensagens e meio que tem a ver com isso que você diz. Tipo, ele pega o que já faz parte da vida e te ensina alguma coisa, ele te dá a opção de você ver o que você pode tirar daquilo ali. Tipo, ir pra escola é um saco, mas estudar é importante. Ou, se apaixonar torna você um bobo, mas é gostoso. Ou, trabalhar é duro, mas recompensador. Então, ele encontra um jeito de ser educativo e ao mesmo tempo debater a vida, as relações humanas, a sociedade, as escolhas de cada um. <br /><br />Pra mim, as principais mensagens estavam nos personagens em si, mais do que nas situações. Não só no menino pobre e triste que nos ensina a valorizar as coisas simples da vida; mas no cara abatido, que fuma e bebe – a típica imagem do ‘fracassado’, talvez? – que vive desempregado e precisa sustentar sua filha e se manter debaixo de um teto; ou o filhinho da mamãe bochechudo que cresceu sem pai e descobre que seus amigos humildes são melhores do que seus brinquedos e roupas caras; da menina baixinha de óculos, mimada e trambiqueira que nada mais é do que o reflexo do próprio pai; da mãe viúva de auto estima baixa que não quer se misturar com a ‘gentalha’ e que tem como alicerce o seu romance ‘discreto’ com outro homem; da solteirona feia e solitária que não é correspondida pelo seu amado e é chamada de bruxa pelas crianças; do menino riquinho que sofre preconceito por ser gordinho e que busca refúgio na própria comida. <br /><br />E é aí que você percebe a genialidade do Bolaños ao construir esses personagens, que nada mais são do que fragmentos da nossa própria sociedade, do que nós somos, com todos os nossos fantasmas e esteriótipos. <br /> <br />Mas ele concebeu tudo com tanta leveza, que a maioria percebe a coisa de uma forma mais implícita, meio inconsciente até, e de uma forma menos pesada, menos intensa. <br /><br />E ele fez tudo de forma simples, sem precisar de uma super produção, de um texto super trabalhado. Utilizando os mesmos cenários e poucos elementos em cena. Porque o que ele queria passar já estava ali, no contexto em si. <br /><br />Bia Melohttps://www.blogger.com/profile/13349126278032080295noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5748511313512828848.post-4037958777411121332014-11-28T23:40:47.536-03:002014-11-28T23:40:47.536-03:00Este comentário foi removido por um administrador do blog.Anonymousnoreply@blogger.com